quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quinta feira à noite

Quinta feira à noite
O som da chuva abafado pela janela fechada
Mário de Andrade se insinua no papel branco...
Inesperadamente...plec!
A mariposa
Que ousadia!
Caminhando em círculos
Desafia minha leitura
Peteleco!
“Não vê que me lembrei lá no norte, meu Deus! Muito longe de mim”
Bzzz...
“Na escuridão ativa da noite que caiu...”
...Plec!
Seguro o livro com ambas as mãos
Sacudo-o para o lado...suspiro...
Meus olhos retornam ao papel
Onde estava mesmo?
Ah, sim, no descobrimento
Meus olhos se deparam novamente com aquelas asinhas
Parecem ter vida própria
Pressiono com meu dedo indicador as asinhas contra o papel
As patinhas se vão, as asinhas ficam.
Um sopro de leve resolve esse último impasse.

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